segunda-feira, 12 de novembro de 2012

MAXICOLARES


MAISONS INVESTEM EM LINHAS DE MAXIBIJOUX

As bijoux assumem a linha de frente das grandes grifes e comandam os looks mais poderosos da temporada.

Big, bold & beautiful. O trio de Bs define o mood das bijoux da temporada. Num cenário de luxo promissor – o mercado de bens triple A faturou mais de 18 bilhões de reais em 2011, só no Brasil –, não era de estranhar que as peças das grifes mais bacanas ficassem cada vez mais opulentas e caras, bien sûr.
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Flores gigantes made in Italy pela dupla da Dolce Gabbana.
A anos-luz do minimalismo que dominou os acessórios nos anos 1990, os olhos da moda pegam carona na onda oitentinha e se voltam para inspirações rebuscadas, como o barroco siciliano do inverno 2013 de Dolce & Gabbana ou os excessos napoleônicos da coleção Cruise 12/13, da Chanel. “É Coco Rock: rock francês com uma frivolidade bem século 18”, explica Karl Lagerfeld.
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Maxibijoux da coleção Cruise, da Chanel: flores de resina e pérolas.
Tida como uma espécie de guru dos acessórios, a italiana Miuccia Prada puxou a fila das bijoux que viraram objetos cult. Foi ela a responsável por espantar a poeira doscamafeus e convertê- los em must have com a coleção cápsula de primavera/verão 2012 da Miu MiuLanvin e Ferragamo também apostaram, e o que era vintage virou mania. Amedeo Scognamiglio, conterrâneo de Miuccia, só tem a agradecer. Vindo de uma família que domina as técnicas de fabricação dos camafeus há cinco gerações, ele viu suas peças entrarem para o circuito fashion. Hoje, além da clássica figura feminina, ele trabalha com modelos moderninhos, com caveiras e serpentes, todas rigorosamente esculpidas a mão. “Esculpir camafeus é uma arte. Cada um tem sua singularidade e é absolutamente único”, explica Amedeo.
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Zodíaco e flores de resina com veludo na coleção de Salvatore Ferragamo / Pedrinhas quase kitsch, mas superfashion, na Miu Miu / Camafeu de Amadeo Scognamiglio em versão 2.0.
O conceito de peça única também é levado a sério na Hermès. Avessa a modernidades, a grife investe no trabalho dos artesões e fabrica grande parte da matéria prima utilizada em seus produtos – desde pigmentos para os famosos carrés até as ferragens das bolsas. Entre as bijoux, destaque para o bracelete com a pirâmide de cristal Saint-Louis, produzida pela própria Hermès, que possui um ateliê especializado na arte da cristaleria no interior da França.
Ainda na linha do classic with a twist, Louis Vuitton apostou em peças vistosas, inspiradas na era do jazz e nos loucos anos 1920. O colar Cry Me a River, estrela principal da coleção Fall Winter 12, traz um mix de pérolas de resina de tons de cinza e marfim, pontuadas por cristais Swarovski, formando o icônico Damier da grife. A italiana Gucci também se apropriou de símbolos clássicos da marca, como as correntes marítimas, o bambu e as ferraduras. O colar de metal banhado de ouro, com acetato de tartaruga e cristais made in Italy, é a expressão máxima do luxo all’italiana. Custo do mimo: 4 310 reais.
Mas, em matéria de luxo, é difícil superar Alber Elbaz. Desde que assumiu a Lanvin, há dez anos, ele transformou os acessórios da grife em statements. O talento lhe rendeu em 2010 o prêmio de designer do ano do Fashion Accessories Council. Além dos camafeus, que viraram mania, os colares e gargantilhas deliciosamente enormes, da coleção de outono/inverno 13, misturam tule, resina, veludo, vidro e metal e são capazes de provocar uma verdadeira revolução nos looks. Exclusivos e caríssimos (quase 2,5 mil euros), é redundante dizer que já são o next best thing da estação.
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Clássico com twist : colar da Louis Vuitton / Efeito Titanic no maxicolar de Alber Elbaz para Lanvin.
FONTE - ELLE MODASPOT



segunda-feira, 16 de julho de 2012

DICAS PARA LAVAR E TIRAR MANCHAS DE ROUPAS


Dicas para lavar e tirar manchas de roupas



Hoje veio uma amiga aqui em casa e me perguntou como tirar mancha de coca -cola de camiseta.
Então peguei meu livro Sebastiana Quebra Galho e retirei essas informações que tenho certeza pode nos ajudar muito nas horas de aperto.

LAVANDO ROUPAS BRANCAS

Se antes de lavar uma roupa branca, verificar que ela está com manchas de transpiração, proceda da seguinte forma:

1 – Para manchas leves – Passar o sabão seco no local manchado antes de molhar o
tecido, deixando agir por algum tempo. Depois proceda a lavagem comum.
2 – Para manchas maiores – proceda como descrito acima, mas exponha a parte
Manchada ao sol.

3 – Para manchas antigas – Misturar o sabão Lux com bórax em partes iguais.
Umedeça essa mistura com água pura – apenas o necessário para formar uma
Pasta. Esfregue-a nos lugares da mancha, deixando ficar assim por algumas
Horas (se possível, expor ao sol por algum tempo). Depois, lavar normalmente.

CAMBRAIA: Lavar em água quente com “fel de boi”, e depois com água fria aromatizada para tirar seu odor. Não torcer, apenas apertar com as mãos. Use para engomar essas blusas, assim como as de opala, a água em que se cozinhou o arroz (goma de arroz).

CAMISAS: Se o punho e golas estão encardidos, antes de serem lavadas esfregar as partes manchadas com um pedaço de sabão de coco enxuto. Deixe assim ficar por alguns minutos. Mergulhe então as camisas, de uma só vez, na água com detergente e termine de lavá-las normalmente.
No calor, na hora de usar a camisa branca, passe um pouco de talco no lado de dentro dos punhos e dos colarinhos. O talco, absorvendo o suor, evitará que este grude na camisa.

FRALDAS: Para desencardi-las, sem usar amônia ou água sanitária, coloque-as, logo após o uso, dentro de um balde esmaltado, contendo água com bicarbonato. Depois lavar normalmente.
As fraldas devem ser fervidas de vez em quando.

LENÇOS: Água salgada é ótima para lavar lenços de nariz, de pescoço ou de cabeça. Basta deixá-los de molho nesta água durante uma hora, antes de enxaguar.
Para clareá-los, mergulhe também em água fria, onde foi dissolvida uma colher (chá) de cremor de tártaro, para cada litro de água.
Os lenços de nariz não precisam ser passados a ferro, se forem esticados, logo após a lavagem, sobre azulejos do banheiro.
LINHO BRANCO: Usar os mesmos processos da roupa branca, podendo também ser lavado em água quente onde se juntou um pouco de bórax pulverizado e uma colher de essência de terebintina.
Hoje em dia é muito difícil encontrar um linho puro. Mas, para saber se ele é legítimo, pegue uma pequena amostra e pingue sobre o tecido uma gota de óleo. Se a gota conservar sua forma redondinha, fique tranqüila, porque o linho é puro; caso contrário, ele é misto de algodão (semi-linho).

ESTAMPADOS: Todos tecidos estampados devem ser lavados rapidamente, para que não manchem. Não podem ficar de molho, e muito menos exposto ao sol. Secar à sombra.
Os tecidos não descoram e não mancham, juntando-se à última água de enxugar, sal e vinagre.
Se o tecido listrado ou estampado de fundo branco manchou ou desbotou, quando posto para secar, deve ser lavado à água novamente, enxaguando-se várias vezes acrescentando-se à última água (pouco) três colheres (sopa) de vinagre. Em seguida, apertar bem o tecido entre dois panos secos, secar à sombra e passar a ferro enquanto estiver ainda úmido.

AZUL E VERMELHO: Ficam como novos se, depois de lavados, passarmos numa solução fraca de água com soda.

BORDADOS DE COR: Lavam-se com água e sabão branco, e na última água juntar um pouco de vinagre.

VERDE E VERMELHO: A chita ou o algodãozinho estampados nessas cores desbota facilmente; coloque então na água um pouco de limão, vinagre ou ácido nítrico.

TECIDOS DELICADOS: Esses tecidos devem ser lavados numa mistura de 1 colher (sopa) de essência de terebintina para 10 litros de água. Depois enxaguar em água fria e bem salgada.

TECIDO PRETO: Os tecidos pretos não perdem a cor nem encolhem, se após a lavagem ficarem de molho por alguns minutos numa água com sal ou potassa.
Para que a roupa preta que foi lavada não fique sem vida nem perca o seu tom negro, basta misturar à última água chá forte de folha de figo ou água de anil bem forte; deixe a roupa repousar nessa água por alguns segundos, e depois estenda na sombra. (Fazer de preferência à noite.)
As peças de lã preta também conservarão bem a sua cor se forem lavadas ou enxaguadas na água onde se cozinhou espinafre.

TOALHA DE BANHO: Ficam sempre macias, se enxaguadas em água com um pouco de vinagre e não forem passadas a ferro.
Para tirar cheiro de mofo dessas toalhas e das de mesa, dos panos de copa ou dos guardanapos, devido à umidade dos armários, basta fervê-los numa solução de bicarbonato de sódio, na proporção de duas colherinhas (café) para um litro de água.
Fonte: Retirei essa ifirmações do livro Sebastiana Quebra - Galho.



TIRANDO MANCHAS:
1) Batom - Esfregue um pouco de álcool no tecido manchado antes de lavar.
2) Bebidas Alcoólicas - Em geral, essas manchas saem com éter. Depois, enxágue com água.
3) Bolor - Ferva o tecido manchado numa água contendo um pedaço de couro de bacalhau ou use a própria água em que o bacalhau foi fervido.
4) Café - Lave com água morna e glicerina.
5) Caneta esferográfica - Manchas de esferográfica saem se esfregarmos ligeiramente com leite azedo ou com uma mistura de leite e vinagre. Repita a operação várias vezes.
6) Carvão - Esfregue um pedaço de miolo pão fresco.
7) Coca-cola - Se deixar cair algum líquido na roupa, como coca cola, tire-a com água fria. A água morna vai fixar a mancha.
8) Ferro de passar - O ferro muito quente deixa uma marca amarelada e feia no tecido. Quando isso acontecer, passe água oxigenada sobre a parte afetada e lave em seguida com água.
9) Ferrugem - Coloque sal sobre o tecido manchado, pingue algumas gotas de limão, deixe secar sob o sol e depois lave.
10) Frutas - Coloque leite fervente sobre a mancha e deixe até o dia seguinte. Lave.
11) Gordura - Se algum tecido ficar com manchas de gordura, experimente colocar um papel absorvente embaixo da mancha e passar com ferro bem quente.
12) Graxa - A margarina vegetal ajuda a tirar manchas de graxas. Coloque um pouco sobre a sujeira, deixe por alguns minutos, depois lave normalmente com água e sabão.
13) Máquina de lavar - Você não prestou atenção e uma peça de roupa escura manchou sua roupa na máquina de lavar. De preferência, não a deixe secar com a "nova cor". Coloque-a em água com um pouco de sabão em pó, numa panela e dê uma fervida, rápida.1
4) Mofo - Mancha de mofo nos tecidos sai fervendo a peça em uma solução de água e bicarbonato de sódio, na proporção de 4 colheres de chá por litro de água.
15) Ovo - Lave com água fria, não use água quente que vai fixar ainda mais a mancha. Antes de lavar, use uma pasta de sal (sal com gotinhas de água) sobre a mancha.
16) Tinta a óleo - Manchas de tinta a óleo, devem ser limpas com solvente ou aguarrás, gasolina ou benzina.
17) Facilitador geral - Sal ajuda a tirar a maioria das manchas. Na dúvida, antes de usar qualquer produto para tirar manchas no tecido, passe um pouco de sal para facilitar a retirada.
Fonte: Universiti.




Frases engraçadas | Revista Seleções

Frases engraçadas | Revista Seleções

FAMOSA GRIFE DE LUXO...






Patrizia Gucci avisa que família pode interditar o filme antes dele ser exibido 
O jornal Variety anunciou no final do ano passado que o diretor Ridley Scott (Blade Runner, O Gladiador e American Gangster) vai dirigir um filme sobre a vida de Maurizio Gucci, o último controlador da família Gucci na empresa da família.

Maurizio Gucci foi assassinado pela própria ex-esposa que está presa na Itália e foi condenada em julgamento que foi um equivalente ao caso O.J. Simpson, no final dos anos 90.

A idéia do filme não foi muito bem recebida pela família, conhecida por não se entender em relação aos negócios o que levou a Casa Gucci à banca rota no final dos anos 80. Patrizia Gucci, sobrinha de Maurizio Gucci e neta do fundador da empresa, Guccio Gucci, foi abordada pela produtora Giannina Facio, que pediu à família autorização para a produção do filme. Segundo a produtora o filme não iria enfocar o lado negro do clã Gucci e sim as raízes da fábrica. Patrizia declarou que o filme será interditado se a família não gostar de como será retratada.

A distribuidora do filme, ainda sem nome, é a Fox 2000, mesma de O Diabo Veste Prada. O roteirista Charles Randolph vai escrever o roteiro que nem precisaria abordar o assassinato de Maurizio para falar de ira, cobiça, conspiração, conflitos e excessos luxuosos.

A história da Casa Gucci começou em Londres. Guccio Gucci, cujas iniciais de seu nome se tornaram uma das marcas mais valiosas do século XX e início do século XXI, começou a vida como porteiro do elegante Hotel Savoy. Lá ele observava as malas dos endinheirados hóspedes. De volta a Florença, sua cidade natal, resolveu iniciar um negócio de fabricação de malas e bolsas finas que originou um império de produtos de luxo que ficaram famosos no mundo todo quando usados por estrelas de cinema e celebridades dos anos 50, 60 e 70 como Grace Kelly, Jackie Onassis e Alain Delon.

Os filhos de Guccio, Aldo, Vasco e Rodolfo, administraram com harmonia a Casa Gucci. Com os netos começaram as brigas de poder e conflitos que levaram quase ao fechamento da empresa. No final dos anos 80 e início dos 90 a Gucci teve parte de suas ações vendidas ao grupo Investcorp, do Oriente Médio e em 1993 ficou totalmente nas mãos do grupo que nomeou a dupla Domenico De Sole (CEO) e Tom Ford (diretor de criação). A dobradinha reinou no mercado de luxo até 2004. Hoje a Gucci, que foi comprada pelo conglomerado francês de François Pinault, tem direção criativa de Frida Giannini e continua como uma das marcas mais cultuadas de produtos de luxo da atualidade.

domingo, 15 de julho de 2012

A BEBIDA DA RAZÃO






De acordo com o Manual Enciclopédico do Café, o Japão foi um dos países que mais resistiu à entrada dessa estimulante bebida entre seus hábitos regulares. Tradicionalmente adeptos dos chás (o chá verde é a bebida nacional japonesa há aproximadamente mil anos), foi apenas entre os séculos XIX e XX que o café conseguiu conquistar algum espaço entre os nipônicos.
O interessante é saber que depois disso os japoneses se afeiçoaram tanto pelo Coffea arábica (nome científico) e suas características que passaram a adotar a prática pouco comum de se deitarem entre grãos de café torrado por imaginarem que isso traz benefícios a saúde da pele.
Quando surgiu enquanto alimento, os frutos do café eram assados em gordura e comidos com açúcar. Foi apenas a partir da Idade Moderna, portanto do século XVI em diante, que surgiu a infusão dos grãos na região do Oriente Médio. Mais recente ainda é a utilização do café como fechamento de refeições, hábito tipicamente brasileiro repassado para o resto do mundo.
Para que o café possa se tornar a bebida que todos conhecem é necessário que passe por um processamento que lhe permita ficar seco, depois torrado e finalmente moído. Seu sabor final, diga-se de passagem, é definido pelo tempo de torragem. Além de ser encontrado em grãos e moído, o café também é disponibilizado em pó solúvel. Além de consumido de diferentes formas enquanto bebida, o café é muitas vezes utilizado como componente para a produção de sorvetes, tortas, bolos e doces.
Entre as diversas variações de café disponíveis no mundo para o consumo de seus fiéis bebedores podemos destacar o expresso, o colonial, o cappuccino, o brûlot, o vienense, o macchiato, o café com leite, o mocha, o hardy, o escocês, o irlandês, o procope ou ainda o turco (que também responde pelo nome de café grego).

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Tendo surgido enquanto bebida com grande destaque no cenário mundial justamente no período em que efervesciam as idéias renascentistas, o café foi adotado pelos intelectuais e maiores pensadores do racionalismo e do iluminismo e continuou sendo popular entre as elites pensantes européias em períodos posteriores da história.
Não são poucos os depoimentos de ilustres escritores, políticos, filósofos, cientistas e artistas em favor do consumo do café em virtude de suas grandes qualidades. Honoré de Balzac, por exemplo, escreveu as seguintes linhas sobre o café: “O café cai-nos no estômago e há imediatamente uma comoção geral. As idéias começam a mover-se como os batalhões do Grande Exército no terreno onde a batalha ocorre. As coisas que recordamos surgem a todo o galope, de estandarte ao vento”.
As origens do café remontam ao continente africano sendo originário especificamente da Etiópia, da região de Kaffa. Os grãos consistem no fruto do cafeeiro, que pertence à família das rubiáceas e tem formato pequeno, arredondado e de cor vermelha. Existem registros de sua utilização desde a Pérsia do século VIII e sua migração para a Arábia, de onde ganhou o mundo depois de ter se aclimatado muito bem, data do século XV.
Ao chegar ao continente europeu foi visto inicialmente como um remédio em virtude de seu sabor forte e também do alto preço de mercado que possuía. Entre as qualidades terapêuticas atribuídas nesse período ao café eram listadas possibilidades tais quais o combate a náusea e a embriaguez, alívios a gota e a varíola, melhor fluxo da urina e ainda como estimulante. Há relatos curiosos de pessoas que afirmam terem combatido males como a impotência sexual, calos e até mesmo a cretinice...
Não foram apenas as possibilidades medicinais do café que o tornaram popular entre os europeus, são destacadas também qualidades como:- o café não é uma bebida alcoólica, por isso não causa constrangimentos e embaraços sociais devido à embriaguez; o café torna as pessoas mais lúcidas e dispostas por se tratar de um estimulante natural, o que permitia a seus consumidores maior energia para o dia de trabalho; além do fato do café ser produzido com água quente, que livrava as águas da sujeira e que diminuía a incidência de eventuais doenças. Essas eram também razões para tornar aquela bebida proveniente do mundo árabe em um grande sucesso de consumo na Europa da Modernidade.

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Antes de chegar ao Velho Continente, o caffé (em italiano) primeiro se tornou conhecido dos africanos e dos árabes. Na Etiópia, sua terra natal, era consumido como manteiga sob a forma de pasta. Tornou-se bebida na Arábia do Sul já que ajudava alguns povos locais a se manterem acordados para suas preces noturnas. No final da Idade Média, o café passou a ser oferecido em estabelecimentos do Cairo e de Meca, apesar das resistências dos grupos fundamentalistas islâmicos, que por suas qualidades estimulantes condenavam seu consumo.
Comercializado pelos turcos com as cidades italianas, entre as quais especial destaque para Veneza, o Kaffee (em alemão) foi ganhando terreno em outros países da Europa a partir de estabelecimentos em que as pessoas se sentiam confortáveis para reunir-se e conversar. Esses pontos de encontro tinham ambientes sofisticados e agradaram muito as camadas dominantes e ascendentes, como a nobreza e os burgueses.
O crescente consumo de café em terras européias durante os séculos XVII e principalmente XVIII motivou a ampliação das áreas de plantio, já que os árabes não conseguiam abastecer de forma satisfatória a crescente demanda. Isso fez com que os holandeses conseguissem alguns pés de café e os levassem para suas colônias orientais em Java e no Sri Lanka. Depois de algum tempo essas plantas foram também transplantadas para terras americanas controladas pelos batavos, como a Martinica, São Domingos e o Suriname. A França e a Inglaterra se mostraram igualmente dispostas a trabalhar com o café em virtude de suas grandes possibilidades comerciais e implementaram plantações na Guiana Francesa e na Jamaica.

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Foi, porém no Brasil, para onde o produto foi inicialmente trazido por Francisco de Mello Palheta, vindo da Guiné Francesa para o Pará, que o produto viria a se tornar universalmente popular e de grande consumo algum tempo depois.
A história do café no Brasil, a partir do século XVIII, é tão marcante para os rumos do país a partir de então que, de acordo com os economistas e historiadores, não seria possível conceber os avanços pelos quais passou essa nação sem os ricos rendimentos obtidos pelos barões do café. Foram os lucros provenientes dessa lavoura, intensificada a partir das décadas de 1830 e 1840 no estado de São Paulo, que permitiram o surgimento das estradas de ferro, o avanço da urbanização, a entrada de grandes levas de imigrantes europeus (italianos, alemães, espanhóis,...), o deslocamento do centro de poder político do Nordeste para o Sudeste e, até mesmo o refinamento dos modos e costumes brasileiros.
O paralelismo entre o Brasil e o café é tão grande que uma boa parte dos primeiros registros fotográficos feitos no país retrata a rotina das grandes fazendas de café paulistas.
A introdução do café, inicialmente no norte do Brasil, não deu os resultados esperados. Isso acarretou uma espera ligeiramente prolongada, de aproximadamente 90 anos, até que o produto viesse a ser produzido em escala crescente nas regiões aonde iria realmente reinar, ou seja, principalmente em São Paulo. Antes de entrar em terras paulistas foi feita uma incursão no Rio de Janeiro, onde a adaptação do Coffee (em inglês) não foi bem sucedida.
A influência do café no Brasil também pode ser medida pela relação traçada por vários historiadores e pesquisadores sobre sua influência nos rumos da abolição da escravatura ocorrida em 1888. A necessidade de mão de obra mais qualificada e estimulada para o trabalho teria motivado os barões do café de São Paulo a substituir progressivamente seus escravos pelos imigrantes europeus. Isso pode ser percebido até mesmo a partir dos dados relativos aos primeiros centros produtores de café, como o Vale do Paraíba fluminense, comparativamente as novas regiões de produção cafeeira, como o Oeste de São Paulo.
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Convém lembrar que, a partir do século XIX, os registros de consumo do café em termos mundiais destacam crescimentos vertiginosos. Para exemplificar podemos ver o caso da França que entre 1815 e 1938 teve o consumo do vinho dos árabes(como também ficou conhecido o café) multiplicado 24 vezes. Dados mais contemporâneos, como aqueles da Alemanha dos anos 1970, demonstram uma afeição cada vez maior pela bebida ao atestarem um crescimento de 352 litros no início da década para 455 litros por pessoa ao final daquele período.
O surgimento dos cafés como centros de consumo especializado nessa bebida na Europa também foram decisivos para a explosão de consumo do produto mundo afora. O requinte relacionado a esses estabelecimentos, o crescente fluxo mundial de viajantes (a turismo ou negócios) e também a variedade de novos produtos relacionados ao café agregados a esses mercadores sofisticados da bebida certamente auxiliaram no seu crescimento de vendas.
Nos dias de hoje calcula-se que de todo o café consumido mundialmente aproximadamente 95% sejam de duas espécies, o Coffea arábica e o Coffea robusta. Esse café é proveniente de plantações que existem em países como a Colômbia, a Costa Rica, a Arábia Saudita, a Índia, a Etiópia, Angola, Zaire, México e principalmente do Brasil, o maior produtor mundial.
O que se sabe, ao certo, é que hoje em dia é muito difícil ficar longe de um bom cafezinho a nos despertar os sentidos, inebriar a alma e acelerar os passos. Isso nos faz recordar um pronunciamento a respeito do café de um dos maiores personagens da história, o general e imperador da França no início do século XIX, Napoleão Bonaparte: “O café, forte e abundante, desperta-me. Dá-me calor, uma força invulgar, uma dor não sem prazer. Prefiro sofrer do que ser insensível”.

FONTE:  PLANETAeducação

sábado, 14 de julho de 2012

HISTÓRIA DO TEAR


A tecelagem é milenar; acompanha o ser humano desde os primórdios da civilização. Está identificada com as próprias necessidades do Homem, de agasalho, de proteção e de expressão.
São fibras de algodão, de lã, de linho, fiadas e tingidas por processos manuais, que nos teares, através das mãos do Artista, se unem em cores e formas.
A tecelagem utilitária evoluiu na tecnologia, e a de expressão procurou os caminhos naturais. Aí as tramas e as urdiduras se entrelaçam para dar forma ao pensamento e à intuição.
Saber tecer e tingir fios de fibras naturais são conhecimentos que se mantém a séculos e acompanham a humanidade desde sua origem. Por necessidade, a tecelagem firmou-se no Brasil Colônia, onde produzir tecidos para escravos e gente simples justificava o empreendimento. Houve tempo em que toda casa mineira tinha uma roda de fiar e um tear tosco de madeira. Fazia-se o fio e do tear saiam colchas e roupas para a família. Enquanto teciam, as mulheres iam nomeando suas tramas de acordo com o desenho: Daminha, Pilão, Escama, Dados, Sem Destino ou até mesmo com os os nomes das artesãs que as criavam. Com as tramas nascia o pensamento abstrato e é por isto que, até hoje, tecer significa pensar. Suas técnicas consagradas pelo tempo não são restritivas, mas sim, abrem infinitas possibilidades de resultados, desafiando a criação.
A HISTÓRIA DO TEAR NO BRASIL
Para falarmos da história do tear no Brasil, Temos, necessariamente, que falarmos da própria ocupaçãoção do solo brasileiro, possibilitado pela penetração das capitanias e pelos ciclos de extração, notadamente o do ouro nas Minas Gerais no século XVIII.
Minas Gerais foi a região brasileira que mais absorveu a arte de tecer manualmente e desenvolveu características próprias, porém conservou a tradição trazida pelos colonizadores portugueses. Tal influência marcou de forma fundamental o povo dessa região e formou uma cultura própria e peculiar: a do "caipira". Através do Tear fez-se possível a confecção de roupas tecidas em algodão e lã, as quais serviam para a lida no campo e até mesmo para os dias de festa. A atividade de tecer era inteiramente rudimentar, começando pelo plantio do algodão cru e ganga, que, depois de colhido, era descaroçado num descaroçador manual, cardado e fiado. O tingimento dos fios se dava pela utilização de cascas e raízes, dentre elas o Anil (azul), a Sandra d'água (vermelho) e a Caparosa com pau-brasil (preto), entre outras.
Na atualidade, a tecelagem enriquece a produção cultural do Brasil, desenvolvendo linguagem própria e atuando com grande expressividade; a tecelagem transcende a mera artesania e se insere conceitualmente na manifestação da arte popular contemporânea. Ela ainda mantêm seu caráter interativo com as linguagens artísticas, sem abandonar a rica relação entre o saber fazer e o saber pensar.
Em nossos dias, continuamos com as etapas na produção de nossos tecidos, quais sejam: obtenção, fiação, tingimento, preparação do urdume e tramagem e, finalmente, tecelagem.