segunda-feira, 12 de novembro de 2012

MAXICOLARES


MAISONS INVESTEM EM LINHAS DE MAXIBIJOUX

As bijoux assumem a linha de frente das grandes grifes e comandam os looks mais poderosos da temporada.

Big, bold & beautiful. O trio de Bs define o mood das bijoux da temporada. Num cenário de luxo promissor – o mercado de bens triple A faturou mais de 18 bilhões de reais em 2011, só no Brasil –, não era de estranhar que as peças das grifes mais bacanas ficassem cada vez mais opulentas e caras, bien sûr.
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Flores gigantes made in Italy pela dupla da Dolce Gabbana.
A anos-luz do minimalismo que dominou os acessórios nos anos 1990, os olhos da moda pegam carona na onda oitentinha e se voltam para inspirações rebuscadas, como o barroco siciliano do inverno 2013 de Dolce & Gabbana ou os excessos napoleônicos da coleção Cruise 12/13, da Chanel. “É Coco Rock: rock francês com uma frivolidade bem século 18”, explica Karl Lagerfeld.
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Maxibijoux da coleção Cruise, da Chanel: flores de resina e pérolas.
Tida como uma espécie de guru dos acessórios, a italiana Miuccia Prada puxou a fila das bijoux que viraram objetos cult. Foi ela a responsável por espantar a poeira doscamafeus e convertê- los em must have com a coleção cápsula de primavera/verão 2012 da Miu MiuLanvin e Ferragamo também apostaram, e o que era vintage virou mania. Amedeo Scognamiglio, conterrâneo de Miuccia, só tem a agradecer. Vindo de uma família que domina as técnicas de fabricação dos camafeus há cinco gerações, ele viu suas peças entrarem para o circuito fashion. Hoje, além da clássica figura feminina, ele trabalha com modelos moderninhos, com caveiras e serpentes, todas rigorosamente esculpidas a mão. “Esculpir camafeus é uma arte. Cada um tem sua singularidade e é absolutamente único”, explica Amedeo.
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Zodíaco e flores de resina com veludo na coleção de Salvatore Ferragamo / Pedrinhas quase kitsch, mas superfashion, na Miu Miu / Camafeu de Amadeo Scognamiglio em versão 2.0.
O conceito de peça única também é levado a sério na Hermès. Avessa a modernidades, a grife investe no trabalho dos artesões e fabrica grande parte da matéria prima utilizada em seus produtos – desde pigmentos para os famosos carrés até as ferragens das bolsas. Entre as bijoux, destaque para o bracelete com a pirâmide de cristal Saint-Louis, produzida pela própria Hermès, que possui um ateliê especializado na arte da cristaleria no interior da França.
Ainda na linha do classic with a twist, Louis Vuitton apostou em peças vistosas, inspiradas na era do jazz e nos loucos anos 1920. O colar Cry Me a River, estrela principal da coleção Fall Winter 12, traz um mix de pérolas de resina de tons de cinza e marfim, pontuadas por cristais Swarovski, formando o icônico Damier da grife. A italiana Gucci também se apropriou de símbolos clássicos da marca, como as correntes marítimas, o bambu e as ferraduras. O colar de metal banhado de ouro, com acetato de tartaruga e cristais made in Italy, é a expressão máxima do luxo all’italiana. Custo do mimo: 4 310 reais.
Mas, em matéria de luxo, é difícil superar Alber Elbaz. Desde que assumiu a Lanvin, há dez anos, ele transformou os acessórios da grife em statements. O talento lhe rendeu em 2010 o prêmio de designer do ano do Fashion Accessories Council. Além dos camafeus, que viraram mania, os colares e gargantilhas deliciosamente enormes, da coleção de outono/inverno 13, misturam tule, resina, veludo, vidro e metal e são capazes de provocar uma verdadeira revolução nos looks. Exclusivos e caríssimos (quase 2,5 mil euros), é redundante dizer que já são o next best thing da estação.
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Clássico com twist : colar da Louis Vuitton / Efeito Titanic no maxicolar de Alber Elbaz para Lanvin.
FONTE - ELLE MODASPOT