sábado, 23 de junho de 2012

O PRÍNCIPE DAS ESTAMPAS



Emilio Pucci



Ele foi chamado de "O Príncipe das Estampas" e criou um um estilo único reconhecido e imitado até os dias de hoje
Em 2000, a casa Pucci passou a ser controlada pelo poderoso grupo LVMH, detentora de várias marcas de luxo como, entre outras, Fendi e Givenchy. Desde então, o nome de Emilio Pucci voltou a figurar entre as grifes importantes de moda italiana e passou a desfilar na concorrida Semana de Moda de Milão.
Christian Lacroix, reconhecido por seu talento na composição de cores e estampas, foi o escolhido para continuar o trabalho único de Emilio Pucci e é o atual diretor de criação da marca, enquanto Laudomia Pucci, filha de Pucci, cuida da direção de imagem.
Emilio Pucci
Para a coleção de primavera-verão 2004, Lacroix criou estampas de cores vibrantes e de tons pastéis. Aproveitando o revival dos anos 50, apareceram saias com cinturas marcadas e calças capri justinhas. Tecidos finos, babados e minis, além dos grafismos em preto e branco da última coleção surgiram em meio a algumas referências ainda aos anos 80.

O estilo único e revolucionário de Emilio Pucci

O estilista italiano Emilio Pucci está no nosso imaginário como aquele que criou estampas geométricas ultracoloridas que viraram mania nos anos 60, mas sua contribuição ao mundo da moda vai muito além disso. Ele criou vários tecidos, como o jérsei de seda, patenteado por ele assim como o Emilioform, tecido composto por 45% de xantungue e 55% de nylon. Apaixonado por tecidos sintéticos e por esportes, Pucci se lançou ao sportswear desde o início de sua carreira como designer de moda no final dos anos 40 e início dos 50 ao criar roupas para esqui.
Ainda trabalhava como piloto da aeronáutica italiana quando, por intermédio de uma amiga fotógrafa, criou alguns modelos para uma matéria de moda da revista Harper's Bazaar publicada em dezembro de 1948 com o título "An Italian Skier Designs" (Designs de um esquiador italiano). A poderosa e visionária editora Diana Vreeland logo o indicou para uma das maiores lojas norte-americanas, a Lord & Taylor.
Nessa época, a moda era totalmente influenciada pela alta-costura francesa e o New Look de Christian Dior era o grande sucesso mundial. Paralelamente, era desenvolvida nos EUA uma florescente indústria do sportswear que buscava aliar a elegância ao conforto. Pucci, que havia estudado em escolas americanas, parecia compreender muito bem essa nova necessidade. De origem nobre, nasceu em 20 de novembro de 1914, na cidade italiana de Nápoles e carregava o título de marquês de Barsento. Ele pertencia a uma das famílias mais importantes da aristocracia italiana e estava acostumado ao requinte e à sofisticação da vida florentina. A união entre o antigo e seu espírito moderno e arrojado ajudou a criar uma imagem fascinante que logo atraiu a imprensa americana.
A marca Pucci esteve presente também em objetos de decoração A ilha de Capri foi muito importante na carreira de Emilio Pucci. Foi lá que ele criou, em 1949, uma linha de maiôs e roupas esportivas que podiam ser usadas durante todo o dia. O sucesso foi imediato e de Capri rapidamente se espalhou por todo o Mediterrâneo na pele de suas frequentadoras elegantes e refinadas. Sua primeira loja, "La Canzone del Mare", foi aberta em Capri, em 1950, mesmo ano em que decidiu abandonar a carreira militar. Todo o clima da ilha italiana teve grande influência também na escolha das cores e estampas de suas criações que mais tarde caracterizaria o chamado "estilo Pucci".
De certa forma, o designer italiano revolucionou a moda dos anos 50 com um conceito inédito da união entre o traje formal e o traje esportivo. Sua intenção era libertar a mulher das vestimentas pesadas e incômodas, facilitando o dia-a-dia daquelas que começavam a entrar no mercado de trabalho. Ele já havia se tornado, ainda nos 50's, um fenômeno de moda, tanto na Europa quanto do outro lado do oceano.
Já no início dos anos 60, Emilio Pucci e sua mulher Cristina, jovem baronesa com quem se casou em 1959, formavam um dos casais mais conhecidos de Capri a Nova York, passando por Paris e Londres. Suas roupas e os mais diversos acessórios como bolsas, sapatos, chapéus e lenços, foram usados e fotografados por Lauren Bacal, Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, Marilyn Monroe entre outras estrelas e personalidades.
Nessa época, ele criou uma revolucionária linha de roupas íntimas em seda strecht que não comprimiam o corpo feminino, o que era comum ainda nesse período para apertar a cintura e evidenciar os seios. A partir daí, surgiram outros desafios, como a criação de uma coleção de porcelana de mesa e, em 1965, a criação de um guarda-roupa completo para as aeromoças da Braniff International, uma extinta companhia aérea texana. E entre tapetes, louças e toalhas de banho, Pucci desenhou, em 1971, o emblema da missão Apolo 15 para a Nasa e, em 1977, o modelo e o interior do Ford Lincoln Continental.
Vivara, o primeiro perfume do estilista Ao longo de sua carreira, Pucci criou quatro coleções ao ano, mais de 500 modelos desenhados para suas lojas e para a alta-costura. A coleção mais conhecido do estilista foi a de 1966, chamada Vivara, o mesmo nome do seu primeiro perfume lançado em fevereiro do mesmo ano. O motivo gráfico Vivara sintetiza as linhas e formas abstratas mais distintas de sua carreira, tendo sido reproduzidas em seda, algodão, toalha, plástico e papel. O ano de 1967 foi marcado pela chamada "puccimania" que se estendeu pelos anos 70. Sua imagem de moda vanguardista o colocou entre os grandes estilistas nas décadas de 60 e 70. Épocas de contestação e libertação femininas, suas roupas de tecidos pintados, estampados e bordados, produzidas com materiais inovadores, privilegiavam a identidade da mulher de seu tempo.
Pucci já havia percebido toda a mudança cultural pelo qual passava o mundo e, conseqüentemente, a mudança de comportamento que afetaria a moda. A influência da juventude na evolução da estética era inevitável. O estilista retomou então o jeito esportivo e funcional dos anos 20. Golas pequenas, cinturas baixas para vestidos, lenços com franjas enormes, tecidos leves e moles e proporções regulares dos ombros acompanhavam as tendências do que era usado nas ruas. Suas bolsas viraram mania e são reproduzidas até hoje Até 1976, o espírito de suas criações era o conforto através de formas amplas e tecidos leves e suas roupas também foram muito influenciadas pela ecologia. Motivos florais, tons pastel, feminilidade e romantismo estavam de acordo com o espírito de liberdade jovem da época.
Nos anos 80, houve uma renovação do chamado "made in Italy", impulsionado pelo desejo de profissionalismo e pela volta aos tecidos clássicos e naturais. O prêt-à-porter ganhou força e surgiu a figura do fashion designer, com uma união criativa entre a indústria e o mercado. Estavam em alta as roupas estruturadas, as decorações preciosas e a marca Pucci voltou a fazer roupas sofisticadas com tecidos nobres e estampas geométricas em tons pastéis. No entanto, Pucci recusou-se a descentralizar sua produção. Uma vez ele disse: "nasci alfaiate e considero-me como tal. Meu trabalho é o trabalho de um artesão cujos objetivos são a qualidade e o estilo". Seu gosto por esse ofício o fez, ao lado de sua filha Laudomia, transformar seu negócio em laboratório de pesquisa.
Antes de morrer, em 29 de novembro de 1992, Pucci ainda assistiu a um retorno inesperado do seu trabalho. Usadas por personalidades como Paloma Picasso e Isabella Rossellini, suas criações ocupavam novamente as páginas das revistas e jornais de moda.
Para saber mais sobre o estilista O livro "Emilio Pucci", da editora Cosac & Naify, que faz parte da coleção Universo da Moda é uma ótima fonte de referência para quem quiser saber tudo sobre a vida do estilisa italiano. O título traz muitas imagens e ainda uma cronologia histórica completíssima ao final. Ótimo!!!
Fonte: www2.uol.com.br
Emilio Pucci

1914-1992

Emílio Pucci, nasceu em 29 de novembro de 1914 na cidade de Nápoles-Itália. Personalidade refinada, dotado de elegância natural, pertencia a uma das mais antigas e refinadas famílias da aristocracia italiana.
Pucci gostava de olhar as mulheres, aliás deve-se a uma de suas amigas sua entrada no mundo da moda. Preocupado, com a própria imagem, Pucci já desenhava as peças de seu guarda-roupa pessoal.
Um dia ele ofereceu a uma amiga um traje de esqui que havia imaginado – uma calça comprida levemente justa acima dos sapatos com uma faixa de couro passando debaixo da sola do pé, um pulôver, uma camisa e por fim um casaco desenhado como uma parka com um capuz e um bolso na frente fechado com um zíper na cintura.
A fotógrafa Toni Frissell, que trabalhava para a revista Harper´s Bazaar , mostrou-se entusiasmada por aquele traje esportivo e sugeriu a Pucci que produzisse industrialmente suas idéias de roupas.
Pucci combinou simplicidade (combinação de cortes estudados com formas geométricas precisas), cor (concepção de tecidos exclusivos tanto para roupas como para acessórios) e por fim movimento (as roupas e acessórios, devem adaptar-se a ação e o comportamento de quem os usa).
Sexy em sua leveza e simplicidade, acompanhados de todo tipo de acessórios combinados (da bolsa ao guarda-chuva, do chapéu ao lenço, do cinto aos sapatos), os modelos de Pucci foram a partir de então fotografados em Lauren Bacall, Liz Taylor, Audrey Hepburn, Marilyn Monroe e Gina Lollobrigida.
Emílio Pucci
Bolsas estampadas desenvolvidas na década de 60
Fonte: www.sinacouro.org.br






Fonte: http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/mulher-emilio-pucci/emilio-pucci.php#ixzz1yfxspl5c

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